No Brasil, o transplante de um órgão de uma pessoa já falecida só é realizado caso algum membro da família autorize o procedimento, mesmo que em vida o indivíduo manifeste o desejo de doar os seus órgãos após a morte. Por isso, é importante que a pessoa discuta a questão com os familiares sempre de forma que o tempo gasto com a retirada do órgão e transplante seja o menor possível.
O tempo máximo de preservação fora do corpo do coração e pulmão varia entre quatro e seis horas. Do fígado, de 12 a 24 horas, e dos rins até 48 horas. Pacientes com sangue tipo O demoram mais para receber órgãos, pois dependem de indivíduos com o mesmo tipo sanguíneo.
O primeiro transplante parcial de rosto foi realizado em 2005 para recuperar o rosto de uma mulher que tinha perdido nariz, lábios e queixo. Os médicos implantaram pele, gordura e vasos sanguíneos. Em 2010, o primeiro transplante total de rosto foi também bem sucedido com o enxerto de pele, músculos, nariz, lábios, maxilar superior, dentes, ossos das maçãs do rosto e da mandíbula. Transplantes de membros como mãos e pernas também já são realidade.
Estudos com transplantes de células pancreáticas saudáveis mostram que o método pode ser, futuramente, uma alternativa ao transplante total do órgão. Além disso, cientistas já conseguiram criar células do fígado a partir de células-tronco da pele que poderiam regenerar partes lesadas. Células adultas não musculares também já foram “reprogramadas” com sucesso para se tornarem células musculares cardíacas, mostrando ser possível converter qualquer célula do corpo um dia, induzindo a regeneração de um órgão ou defeito do corpo sem a necessidade de transplante.
Principais doenças relacionadas
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